quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sobre tempo, depressão e respiro

Passei um tempo longo sem escrever, não sei por que, talvez a minha necessidade por desabafar pessoalmente era maior do que este monologo virtual, escrevo hoje por que respiro, como não fazia a meses, ainda penso, mais do que deveria, mais isso não esta me dominando como dominava, para encerrar algumas reflexões, nem todas são tão depressivas assim, mais refletem um pouco os ultimos tempos:


"Vi um cachorro morto, de inicio aquele nojo, aquele quase pavor da ira de Deus. Depois, uma angustia, que iria me acompanhar durante boa parte da vida, me perguntei então o que era alma. Já vira desde menino corpos sem vida, mais nunca os liguei à inexistencia da alma, nunca refletira sobre a importancia dela, e foi naqueles pelos molhados, naqueles olhos vazios, que voltei, não a reflexão sobre a alma mas sobre o terror do que me fora ensinado, que me fora marcado a ferro: A existencia de Deus, a existencia que tento ignorar a cada dia, mas que nao consigo, apenas mais um insucesso na minha desisnteressante existencia"

"Porque na maioria das vezes não vejo sentido na vida, tenho mais raiva do que deveria, não é certo ter tantas duvidas, tenho raiva das duvidas..."

"A pergunta mais frequente que fazia a mim mesmo era se tudo deveria ser tão dificil, sou controlado por um mundo, um mundo que não me agrada"

"Tenho com os anos, me tornado uma pessoa pior, ao mesmo tempo em que sinto que não avanço, estou preso em uma vida que não me pertence, amo o cinema, sem saber o porque, talvez nele vejo o que gostaria de ser, não o que gostaria de fazer, sim o que gostaria de ser"

E por fim um trecho de Drummond:

"Sempre no meu amor a noite rompe,
sempre dentro de mim meu inimigo,
e sempre no meu sempre a mesma ausência"

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